Ildo Martins - Filhos da Liberdade

Na defesa dos “ideais farroupilhas”
Negros bravos, campeiros e domadores
Cavalgando entre pampas e coxilhas
‘Se’ fizeram destemidos lutadores
Empunhando com firmeza suas lanças
Combatiam com denodo e austeridade
Desmedidos e tão cheios de esperanças
Sempre em busca da “sonhada liberdade”

Lanceiros negros...
...Homens de verdade
Sem direito em mortalhas ou lençóis
Na batalha, foram eles os heróis
Aclamados filhos da liberdade

A revolta tão cruel não terminava
Noites tristes perfaziam dias longos
E o treze de novembro prenunciava
A perfídia na surpresa de porongos
Emboscados pelas tropas imperiais
Ofertaram sangue, alma e coração
Desarmados e com forças desiguais
Grandes homens então tombaram no chão

E assim se fez o tempo e a distância
Ocultando entre sombras a verdade
Que pra tantos um fato sem importância
Mas pra muitos, lembrado pra eternidade